"O todo sem a parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo."
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo."
Nesse fragmento do poema, Padre Antônio fala sobre coisas
partidas e inteiras e faz um jogo de palavras com as mesmas. Padre Antônio quis
passar a mensagem de que, se não houvesse a parte, não havia o todo, pois não
haveria como saber o que é o todo se houvesse apenas a parte, e assim vice
versa. Isso também vale para sentimentos, como felicidade e tristeza. Nesse
caso, nós não poderíamos saber o que é ser feliz se houvesse apenas a tristeza.
Para algo existir, é preciso o seu contrário, pois senão não saberíamos a
diferença entre os dois.
Também nesse fragmento, ele diz que não
podemos dizer que algo é parte, se é um todo. Por exemplo: não podemos dizer
que somos meio amados, quando somos inteiramente amados, é desmerecimento.
Então, como o autor era um padre, provavelmente ele está se direcionando á
religiosidade. Não se pode acreditar em mais de um deus (as “partes”), quando
há somente um supremo no mundo (o “todo”).
❤
Ithalo Vitipó
Sabe, Ithalo, acredito que o meio amor não exista... ou você ama, ou nem chega perto disso. Amor é algo intenso demais e, uma forma de o valorizarmos ainda mais é conhecendo, realmente, seu contrário, o ódio.
ResponderExcluirUma ótima análise! <3
Muito interessante sua análise Ithalo, também vejo dessa forma, os opostos são necessários pois eles evidenciam o que realmente importa. Os sentimentos e a forma como cada um enxerga a vida são intensos, fazendo com que não exista o " meio amor".
ResponderExcluirFiquei encantada com sua análise <3, pois o texto é um pouco complicado. Essa questão dos contrários são essenciais, nos fazem criar valores e experiências. O que seria da alegria sem a tristeza? as pessoas iriam parar de valorizar os momentos bons, por se tornar algo simples se não houvesse seu contrário.
ResponderExcluirAcredito que os contrários sejam necessários. Se não fosse assim, como existiria o bem, se não tivesse o mal? E o claro, sem o escuro? Até o vencedor, não seria vencedor se não houvesse um perdedor. E acaba que por causa disso, eles viram um só, viram partes de um todo.
ResponderExcluirEsse trecho é o meu preferido postado no blog até agora e você fez uma ótima análise dele. Eu concordo bastante que para percebermos alguma coisa precisamos de seu contrário (todo), afinal nunca iríamos perceber a dor se nunca estivéssemos sãos em algum momento, por exemplo.
ResponderExcluirEssa parte "(...)Não se diga que é parte, sendo todo.", por outro lado, achei um pouco mais complexa de entender mas os exemplos de amor e religião que você deu se encaixaram perfeitamente.
Pessoal, há aqui um problema muito grave. Este texto não é de Padre Antônio Vieira. É um poema de Gregório de Matos. Sua análise fica muito prejudicada por isso, Ithalo. Como os outros integrantes não perceberam isso? Vocês não estão pesquisando sobre o texto antes de fazer o comentário? Vocês não associaram as caraterísticas do período literário ao texto. Mais uma observação: poemas têm que ser postados completos. Não tem como fazer análise apenas da primeira estrofe.
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